segunda-feira, dezembro 31, 2007

Dia da cueca azul

Já só tenho 1 cueca e 2 boxers azuis.

Gostaria de dizer que tenho cuecas bem mais giras noutras cores.

Blue is overrated.


sexta-feira, dezembro 21, 2007

Grandes clientes # 1

Cliente - Tem esta camisa num tamanho maior?

Eu - Não, esta camisa é tamanho único.

Cliente - E não tem um tamanho único maior?

terça-feira, novembro 27, 2007

Weird

Serei a única pessoa a achar que as sobrancelhas da Clara de Sousa são parecidas com as da Barbie???

segunda-feira, novembro 19, 2007

Os perigos do Hi5

Dois gajos tentaram ser meus amigos no Hi5. Um enviou uma foto ao lado do Pinto da Costa, o outro com o grupo a que dá catequese em Fátima.

É um facto, atraio sempre malucos.

terça-feira, novembro 13, 2007

segunda-feira, novembro 05, 2007

Violeta


A minha Violeta foi envenenada.
Que quem a matou tenha uma morte lenta e agonizante como a dela.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Diz que é uma espécie de gentileza




Parece que abriu um novo centro comercial em S. João da Madeira. O Insano até tem fotos das moderníssimas casas de banho dos homens. Acho aquilo uma tolice, mas que se lixe. As das mulheres não faço ideia como sejam. Há por aí alguém com fotos?


Agora, o que me irritou neste centrinho comercial é outra coisa. É o estacionamento para mulheres. Isso mesmo, lugares enormes, perto das portas de acesso e pintados de rosa. Tão enormes, que chegam a ser mais largos que os reservados aos deficientes. Não sei quem foi o estafermo que teve esta ideia estapafúrdia, mas gostaria de lhe dizer que no dia em que eu precisar de mais espaço para estacionar do que alguém que provavelmente até tem que tirar uma cadeira de rodas do carro, olhem, vou entregar a minha carta à DGV ou lá onde é.


Um dos responsáveis do tal centro diz que estes lugares são "uma gentileza para com as senhoras". *
Na minha terra chama-se paternalismo bacoco.

* JN de ontem, tinha foto na primeira página e tudo.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Ok, é dos multibancos...

.. mas por uma vez que seja, estamos no topo de uma lista positiva!

quarta-feira, outubro 17, 2007

Póvoa de Varzim no seu melhor # 2


Não sei o que mais me chateia: se a falta de educação de quem não limpa o cocó do cãozinho, se a de quem escreveu isto.

terça-feira, outubro 09, 2007

A chatice dos finais infelizes

ou Prémio "o melhor é criar as criancinhas em reservas, como se faz aos índios"

"Associação de pais quer queimar livros infantis que não tenham finais felizes
Uma associação de pais britânicos organizou uma «Fogueira de Maus Livros», onde se queimarão livros infantis que não tenham finais felizes, noticiou a agência Ansa.


A «Happy Ending Foundation» considera que a vida já tem demasiadas amarguras e, por essa razão, deverá proteger as crianças contra as histórias mais tristes.
Na semana do Livro Infantil, que terá início nesta segunda-feira, a associação enviou missivas para bibliotecas e escolas, convidando os responsáveis a retirarem os livros «controversos» das suas estantes.
As reacções foram na maioria negativas - para alguns, estas atitudes fazem recordar os nazis, que queimavam os livros de que não gostavam.
A fundadora da associação, Adrienne Small, decidiu criara e entidade em 2000, quando a sua filha se sentiu deprimida depois de ler um livro da série de Lemony Snicket.
A associação conta com membros de todo o país."

Tirado do Sol (o jornal, claro...) os links hoje não funcionam.

sábado, setembro 29, 2007

Aos arquitectos e/ou designers

Gosto muito de jardins. Especialmente daqueles velhos, em que árvores nasceram todas muito antes de mim.
Gosto de ir ler para o jardim. Ler no jardim do Palácio de Cristal é um privilégio, naqueles jardins em cascata, com o Douro ao alcance da vista…

O que me leva à questão dos bancos. Ou, como se diz agora, mobiliário urbano. É tragédia em cima de tragédia, estes arquitectos e/ou designers estão todos loucos. Um jardim deve ser um local calmo onde amigos se possam sentar e conversar. Onde os reformados jogam à sueca e se fazem muitas outras coisas como namorar, estudar…

A foto abaixo é da Praceta Maria da Fonte em Famalicão. (Quer dizer, para ser honesta, nunca li a placa para confirmar, mas sempre ouvi essa designação desde miúda.)
Dá impressão que chegou ali um gajo mal disposto e espalhou as cadeiras. Como raio é que se pode conversar aqui? Aos berros? Uma sueca é impossível e namorar ainda mais. Mas diz que é uma espécie de modernidade…




Temos aqui o jardim do Carregal, bem ao lado do Hospital de Santo António, no Porto. Apesar de pequeno, é lindo, as árvores são enormes e tem uma arca d’água. E tem também estes caixotes, que supostamente são bancos. Mas o que é que esta gente tem contra um banquinho básico, onde se possam apoiar as costas e não se fique com o rabo gelado no Inverno? Se eu fosse um dos muitos velhotes que moram ali na zona, tinha feito um abaixo-assinado.





Este aqui é um modelo velhinho, no Palácio, mas que cumpre a sua função. Se levarmos um casaquinho de malha, até dá para fazer de travesseira e ler deitada. Qual é a dificuldade em fazer bancos confortáveis? Tanto mestrado em ergonometria (ou ergonomia?) e os caixotes são o vosso melhor resultado?




ps - fotos tiradas com telelé, o cabo da digital continua missed in action.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Finanças

Amanhã de manhã vou às Finanças tentar que me devolvam um dinheirito jeitoso sem necessidade de caução.

É disto que gosto em mim: sou uma eterna sonhadora.

sábado, setembro 22, 2007

Póvoa de Varzim no seu melhor

Uma clínica com médicos e enfermeiros onde a malta não consiga sequer escrever tensão arterial ou colesterol não me inspira confiança. Insinuar que o açúcar no sangue é sinónimo de diabetes, também não ajuda. E nem sequer falo da riqueza com s...






Festa da Senhora das Dores.


segunda-feira, setembro 17, 2007

Why oh why???

A minha vizinha chique para a empregada:

"Lá porque eu vou estar ausente por causa da xirurgia, isso não quer dizer que possa abaixar os preços sem meu cãonhecimento".

sábado, setembro 15, 2007

as chatices do top

Vai uma gaja tomar café com o seu top novo todo catita e repara que tá um marmanjo na mesa ao lado a catrapiscá-la. Não era um gajo qualquer: era um de livro na mão. Quer dizer, não era em um livro era O Segredo, a maior paneleirice editorial do século. Como é que um marmanjo que não tem vergonha de ler aquilo em público tem a lata de me bater a pestana???

Vai a minha vizinha ali da loja de roupa cara elogiou o meu top. Parece que é, e passo a citar, "a aliança perfeita entre cores de Outono com a leveza e fluidez das roupas de Verão".

E eu a pensar que era apenas um top giro.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Salvação Mundial




Roubado com pré-aviso aos Três Pastelinhos.

ADENDA: se clicarem aí no X, a imagem abre.

quinta-feira, setembro 13, 2007

McCann - toda a informação

O jornal 24 Horas, informa logo na primeira página que o juíz que está a tratar do caso foi criado numa família católica e que gosta de cães dálmatas.
Sinto-me muito mais descansada.

terça-feira, setembro 11, 2007

Coisas que me chateiam

A realidade.

sábado, setembro 08, 2007

Santa Zita, patrona das "domésticas"

Zita nasceu em Monsagrati, Itália, em 1218. Em uma família de camponeses pobres, como sói acontecer quase sempre nesse ofício de santos; proêmio melhor se dá apenas apenas quando o futuro santo é um rico que se despoja espetacularmente de seus bens, como aconteceu uma vez ali perto, em Assis. ...

O Fatinelli, comerciante de lã e tecidos, era um sujeito grosseiro e tratava seus criados como menos que porcos. Todos os empregados da casa protestavam contra esse tratamento, menos uma. Isso. Ela mesma. A Zita.

Zita foi empregada ali por 48 anos, até sua morte em 27 de abril de 1278. Nas horas vagas, como toda postulante a santa que se ache digna desse nome, ia à missa todas as manhãs, visitava pobres, presos e doentes, e repartia com eles o pouco que tinha. Um bom santo demonstra pouco apego ao dinheiro, atributo no entanto pouco desejável em papas.

A versão oficial da Igreja diz que os outros empregados dos Fatinelli ofendiam, desprezavam e humilhavam Zita por invejarem sua "postura cândida e serena". É
Por tudo isso, quase sete séculos depois, Pio XII transformou Zita em santa padroeira das empregadas domésticas.

Zita não foi martirizada pela sua fé como Santo Estêvão. Não tem atrás de si uma grande obra evangelizadora como São Paulo. Não combateu hereges em cruzadas como São Luís. Santa Zita virou santa por seu sangue de barata, por ser apontada pelo Fatinelli como o modelo que aqueles insolentes deveriam seguir. Zita é a imagem ideal da empregada, aquela sombra muda mas eficiente, tanto melhor quanto mais próxima do comportamento de uma geladeira ou batedeira.

Santa Zita também é boa padroeira por causa do seu nome.

Há tantos nomes elegantes de santos, alterosos. São Tiago de Compostela, Santa Catarina de Sienna, Santa Teresa de Lisieux, uma infinidade de Nossas Senhoras de sobrenome imponente como Mont Serrat.

Prisioneiros de guerra têm como padroeiro São Leonardo de Noblac; professores, São João Batista de La Salle. Mas às empregadas fizeram a grande sacanagem de dar como padroeira Santa Zita, santa de não muitos milagres mas de nome inigualavelmente apropriado a uma doméstica. Zita, coitada, não tem sobrenome, não lhe fizeram sequer a gentileza do topônimo; e a santa padroeira, que poderia ser Santa Zita de Lucca, é só a Zita, assim como a sua empregada não tem sobrenome porque não lhe interessa.

É por isso que Santa Zita é a padroeira das empregadas. Porque é uma santa que sabe o seu lugar. E que, provavelmente, folga aos domingos.


Rafael Galvão, no seu blog.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Red Bull - a reportagem possível




Foi neste comboio que cheguei ao Porto. Ia sentadinha à janela. Há gajas com sorte :)




neste nem tentei entrar, pelas razões óbvias..


E foi nisto que passei o dia 1 de Setembro, no meio de aviões e completamente esquecida do aniversário deste tasco.

ps - As fotos dos aviões propriamente ditos serão postadas logo que o cabo da câmara apareça...

E os aviões ali tão perto

Andei pelo Porto neste fim de semana e, evidentemente, fui tentado a ir para junto do rio ver os aviões.
Enquanto andava por uma cidade soalheira e amável, sem trânsito nem pessoas, chegavam-me relatos assustadores de multidões suadas espremendo-se pelas vielas da Ribeira, comprimindo-se nos espaços livres das margens, penduradas em esplanadas e varandas.
Miseravelmente acobardado, inverti planos e rumo, aproando a Vila Chã e à praia. Numa esplanada, diante de um prato de amêijoas com sabor a mar e a ervas, ouvi o silêncio contemplando no areal uma simples meia-dúzia das poucas pessoas que não tinham ido aos circenses, e mastigando o meu panis ensopado em molho.
À noite vi na televisão dois aviões a passar e fiquei satisfeito. You see one, you see them all. Oh, quem cantará as maravilhas deste século?

sexta-feira, agosto 31, 2007

Ora bem...

Não tenho tido para postar aqui os habituais disparates derivado às obras no centro comercial. Que é como quem diz, ando a limpar pó, vidros, pó, chão, pó, paredes e ainda mais algum pó.

Amanhã vou ver os aviões da Red Bull e nem cá ponho os pés. Aparecerei aí segunda-feira para a rentreé.

Entretanto, recomendo (como sempre) o tasco ali do lado.

quarta-feira, agosto 29, 2007

quinta-feira, agosto 23, 2007

Da modernidade

Primeiro foram as misturas para saladas e sopas. Pindérico, mas enfim.
Agora a coisa está num outro nível: há sacos de batatas descascadas.

Descascadas de sem casca mesmo. É só meter na panelinha.

Não faço ideia de que antioxidantes aquilo leva para não escurecer, mas agora também não tenho tempo para pensar nisso porque – pasme-se – descobri maçãs já cortadas às fatias. Tipo, fatiadas mesmo, livres de caroço e sementes.

De modos que todo o meu tempo livre é ocupado na vã tentativa de perceber que espécie de pessoa compra uma maçã já fatiada porque supostamente é mais “prático, saudável e higiénico”.


PS – esperem… acho que isto começou com o pão sem côdea…

segunda-feira, agosto 20, 2007

Japanese do it better


Meninas com ligaduras, palas, gesso e outras coisas que tais. É o Bandage Fetish.

Verde Eufémia

Não vou dizer nada acerca desta suposta "desobediência civil", limito-me a subscrever o Glória Fácil.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Dois em um

Se há gaja na música portuguesa a quem tenho ódio de estimação, essa gaja é a Mafalda Veiga.
Nunca me fez mal, não canta desafinado e é inofensiva. Mas basta-me ouvir "pássaros do sul, bando de asas soltas" para começar a suar. Nem preciso do resto da musiquita.

Podia isto piorar? Eu pensava que não.
Mas vai que a menina se une a outro ódio ainda maior: João Pedro Pais.
O tal que tem letras de fino recorte literário, como bem atesta o exemplo:

"Ando louco, tão louco, louco por ti
Fico louco, tão louco, fora de mim
Sorriso nos lábios
Tenta-me seduzir
Fico nervoso
Daqui quero sair "

Agora, mal ponho o pé na rua ou entro num café tenho que levar com a musiquinha dos dois.
É só para dizer que se resolverem formar um trio com o André Sardet, posso vir a ter tendências suicidas. Ou homicidas, pensando melhor...

sábado, agosto 11, 2007

Anúncios





o Ménaje á truá parece é dedicado aos amigos do estaminé do lado....


Bigada, maninha :)

Prémio " Tens a certeza que te ensinei isso???"

"Por ser emigrante ninguém conseguiu distinguir o local onde Camões foi nascido. Mas faleceu em 1580 no mesmo tempo que Portugal passou a ser dirigido por um homem espanhol "Salazar". "

(cortesia da minha amiga L, directamente de África do Sul, onde tenta ensinar Português e História...)

quinta-feira, agosto 09, 2007

Preguiça

Este blog está de férias. Pelo menos até aparecer um assunto de jeito. Mai nada.

terça-feira, agosto 07, 2007

Lost in translation


A imagem era a de uma papoila.

A legenda era "Cãozinho vermelho florescente". Por momentos pensei que haveria um qualquer lugar no mundo onde chamassem "cãozinho vermelho" às papoilas.

Mas não. Afinal era apenas a tradução de "Blooming Red Poppy" .

segunda-feira, agosto 06, 2007

Violeta



Porque raio têm os meus animais tanta desconfiança de câmaras???
Arranjam sempre maneira de ficar com um look absolutamente pindérico nas fotos.
Desisto.

sábado, agosto 04, 2007

Dildolessness can be beat...

O João Miranda, não contente com a série de disparates que escreveu há dias, voltou à carga.

Recomenda até a leitura de um artigo onde muito interessante, onde se podem ler pérolas deste calibre:

Another key to patriarchy's evolutionary advantage is the way it penalizes women who do not marry and have children.

Under patriarchy, "bastards" and single mothers cannot be tolerated because they undermine male investment in the next generation. Illegitimate children do not take their fathers' name, and so their fathers, even if known, tend not to take any responsibility for them.


Assim como assim, e para quem aqui vem à procura de coisas interessantes, aqui fica o último vídeo do Goodie Bag TV. * A TV tal como deveria ser....

* o site está em reconstrução, mas espero que reponham os vídeos anteriores...

sexta-feira, agosto 03, 2007

Está calor

e tenho uma lente de contacto a dar comigo em doida. Que se lixe o blog.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Serviço Público

Eu não sei se temos leitores de Vila Nova de Famalicão e/ou da Póvoa de Varzim.

Se por acaso tivermos e, se por acaso ainda maior, conhecerem um ginásio com um bom professor de Pilates, agradeço a dica. As minhas costas também.

Weird sex

O movimento está fraquinho, os blogs preferidos estão quase de férias e uma gaja dá por si a ler acerca da vida sexual das lulas gigantes.

Também encontrei este site acerca de leis sexuais nos States. Wuindo!

Alguns exemplos fabulosos:

Making love while hunting or fishing on your wedding day is illegal.

The privilege of admiring the curvaceous, unencumbered body of a young woman should not be denied to the normal, red-blooded American male.

Mustaches are illegal if the bearer has a "tendency to habitually kiss other humans."

No woman is allowed to have sex with a man while riding in an ambulance. In addition to normal charges, the woman's name will be published in the local newspaper. The man does not receive any punishment.

segunda-feira, julho 30, 2007

Sexo pela pátria *

Porque está um calor do caraças e não se pode trabalhar nestas condições, deixo aqui apenas um link com um artigo sobre o incentivo à natalidade na Rússia. Quer dizer, à natalidade dos mesmo russos, nada de misturas.

Obediently, couples move to a special section of dormitory tents arranged in a heart-shape and called the Love Oasis, where they can start procreating for the motherland.


Isto era capaz de agradar ao João Miranda e ao João César das Neves. Tudo a fazer filhinhos pelo bem da amada pátria, da família e tal.

Mas como é tudo orquestrado pelo Kremlin, eram gajos para discordar. Já se fosse organizado pela igreja....


* eu cá acho que a malta toda a monte numa tenda chama-se orgia. Mas tá bem.

ps - para quem estiver já fartinho dos disparates destes senhores, aqui vai um site de gajas boas.

sexta-feira, julho 27, 2007

O Mouro faz anos hoje



Parabéns pelos teus 18 anos e muitos (mas meeeesmoooo muitos) meses.
Beijoca e tal e coisa.

quinta-feira, julho 26, 2007

Da perereca

Está uma gaja posta em sossego, sem paciência para os grandes temas fracturantes da nossa silly season, e zás, dá de caras com este teste. A ideia é distinguir, entre as doze fotos, as "designer vaginas" das natural ones. *


"...many women are getting their vaginas surgically enhanced (designer vaginas) to make them prettier and more feminine."

Ora aqui está uma coisa engraçada. Pode uma vagina ser pouco feminina???
Tem também um teste para sabermos se a nossa está dentro dos padrões aceitáveis. Este não fiz: logo na segunda pergunta pergunta-me quanto mede o meu clitóris erecto. Confesso que não faço a mínima ideia nem tenciono saber. A ignorância nem sempre é má. Este é um dos casos.


Mas quem quiser pode subscrever aquilo e ter acesso a resmas de fotos para poder comparar vaginas e aprender a distinguir as bonitas e femininas das outras. Ou a ficar altamente paranóica com o assunto. Digo eu, que nunca tive paciência para medições.


* acertei 9 em 12, assim de corrida. Agora vou pra casa a pensar nas implicações deste meu resultado.

terça-feira, julho 24, 2007

Prosas bárbaras


Do Porto



Herdei do meu pai a paixão pelo Porto.
E ando há imenso tempo para falar no A Cidade Surpreendente, um blog sobre esta cidade. Podem lá encontrar fotos de locais que se reconhecem à légua e outras como esta acima, uma estátua da antiga Avenida dos Aliados, do tempo em que tinha jardim e árvores e não se parecia com uma eira com um tanque no meio.
O mesmo autor tem um outro blog sobre a face da cidade que não fica bem em postais. A não perder.

sexta-feira, julho 20, 2007

Diogo Cão ou o barato sai caro



Numa de poupança, troquei o Raid Casa e Plantas por um daqueles dos ditos "produtos brancos". Três euros mais barato. Nada mau, certo?


Certo o caraças! o meu cão, qual donzela sensível, fez alergia. De modo que está a comer ração anti-alérgica (eu nem sabia que tal coisa existia...), a tomar antibióticos, anti-inflamatórios e corticóides. Também tem um shampoo especial, que custa o dobro do meu. E quando se coça muito, saco do spay de água termal e esfrego-lhe hallibut na barriguinha.


E ainda tem o distinto focinho de fazer este ar de "ó pra mim tão doentinho e a culpa é tua".


ps - a foto tá desfocada porque sua excelência desconfia de telemóveis.
pps - eu sei que o chinelo é parolo, mas ele gosta.

domingo, julho 15, 2007

Viperina

Em quem terá votado Paulo Portas na eleição para a Câmara de Lisboa??


Aceitam-se sugestões!

sábado, julho 14, 2007

Da pornografia imaginária





As imagens acima são de um livro para crianças da alemã Rotraut Susanne Berner.

Acabou de ser censurado no States porque o editor americano temeu as reacções dos papás e mamãs, caso as crianças fossem expostas a imagens contendo este nível de pornografia.


Nunca se sabe o que poderia acontecer às criancinhas...




sexta-feira, julho 13, 2007

Sexta-feira 13

Hoje peguei no carro e ouvi um ruído suspeito vindo da caixa de velocidades. Dei meia volta e levei-o à oficina, claro.
Já tenho o dia lixado, pensei... mas o pior estava para vir: o mecânico debruçou-se dentro do carro e eu, que tinha acabado de tomar o pequeno almoço, não tive outro remédio se não ver o rabo branco e gordo do mecânico.
Há dias lixados. E só eram 8.30 da manhã.

quinta-feira, julho 12, 2007

Livros escolares - um perigo

Lá porque não tenho filhos em idade escolar, não quer dizer que não me preocupe com os conteúdos didácticos dos manuais escolares.
E pelos vistos não sou a única, já um grupo de pais (preocupados com as delicadas mentes das criancinhas...) se decidiu a investigar livro a livro, em busca de material passível de transformar as ditas criancinhas em abortistas,gays, transformistas, defensores da eutanásia e até do planeamento familiar e, quem sabe até onde isto pode chegar, activistas do Greenpeace, que isto do lobby gay também controla o degelo dos glaciares, já se sabe.

Mas nem o sexo "normal" - um conceito e pêras - escapa, já que se tenta impedir os rapazinhos do 7º e 8º ano de verem fotos de mamas nos livros. Têm até uma tabela de gravidade, ora vejam:



For each type checked above also indicate level of vividness/graphicness using the following as a general guide:

Basic (B): large breasts

Graphic (G): large, voluptuous bouncing breasts

Very graphic (VG): large, voluptuous bouncing breasts with hard nipples

Extremely graphic (EG): large, voluptuous bouncing breasts with hard nipples covered with glistening sweat and bite marks


É nestas coisas que uma pessoa percebe que está irremediavelmente velha, já que não me lembro de ver imagens de mamas "grandes, voluptuosas com mamilos rígidos e cobertas de suor", entre outras coisas, nos livros de biologia que se usavam lá no meu liceu.

Já agora: que espécie de adulto desata a espiolhar livros escolares e juvenis em busca de mamas cobertas de suor????

quarta-feira, julho 11, 2007

Caixotes


Pus isto num barraco ali ao lado. Já tinham estragado a mais bela baía do Mundo com uma marina atravessada no horizonte. Estas coisas chateiam-me, bolas!

segunda-feira, julho 09, 2007

Ainda a corrente dos cinco livros

O prometido é devido. A Shyznogood desafiou-me e eu cá estou a dizer o que tenho andado a ler, como se alguém se importasse com isso. Adiante.
Como as finanças por aqui não estão famosas, tenho-me limitado a ler o que me oferecem ou que está disponível na biblioteca aqui do burgo. E a reler o que tenho em casa, claro.


Então cá vai:

Baudolino, Umberto Eco – ainda estou a ler. (Para dizer a verdade, ainda estou no primeiro capítulo… )

A Selva, Ferreira de Castro

Alves e Cª, Eça de Queirós - não tão conhecido, mas absolutamente delicioso.

Vida e Morte dos Santiagos, Mário Ventura - prenda do J e que não consegui parar de ler...

Correspondência de Fradique Mendes , também do Eça. Eça rules lá em casa.

Agora não passo isto a ninguém porque toda a gente que conheço já respondeu.

Diz que é uma espécie de maravilha

É má vontade minha ou comparar a estátua do Cristo Redentor a Petra, Muralha da China e tal é... um disparate? ou a paisagem também contava para o concurso???

quinta-feira, julho 05, 2007

Só para dizer...

Que amanhã de manhazinha vou à dentista.
É a nona vez este ano.
Começo a pensar que isto tá muito pior do que o que parece. Mas se calhar é só impressão minha...

quarta-feira, julho 04, 2007

A praga

Como sou daqueles raros espécimes que deixam sempre para amanhã o que não lhes apetece fazer hoje, corro agora a mata-cavalos para acabar um trabalho que já devia ter acabado. Mas ontem ofereci a mim próprio uma horita de respiração. Ao passar pela zona do Jardim do Tabaco, rumei a uma esplanada frente ao Tejo para ler umas coisas vagas.

O Tejo lá estava, glorioso; as coisas levava-as eu. A cerveja estava boa de temperatura. Mas nada neste mundo é perfeito: a paz idealizada era meticulosamente esmagada por dois poderosos altifalantes debitando torrentes de hip-hop.

Não aguentei mais que vinte minutos. Só queria ouvir-me a mim e ao Tejo, que diabo!
Esta gente tem horror ao silêncio. Será porque cada vez se suporta menos a si própria?

terça-feira, julho 03, 2007

Prémio "Ainda bem que avisas"



Façam o favor de ler as letrinhas do rótulo...

Já agora, se houver por aí alguma alma caridosa que saiba explicar-me como é que se insere aqui uma imagem pequena que ao ser clicada (isto existe mesmo??) fique grande, fico muito agradecida.

sábado, junho 30, 2007

Post de fim de semana # 2

64%How Addicted to Blogging Are You?

Mingle2 - Online Dating



(via Os Putos)

No Womenage A Trois continua-se em plena saga anal à conta disto, disto e disto.
A Patrícia Lança tem feito as nossas delícias, essa é que é essa.

quinta-feira, junho 28, 2007

Ternura Cristã

Para quem ficou a pensar que a Disciplina Doméstica Cristã
era apenas uma forma do marido mandar à vontade uns bofardos à esposa, que tem de ser ensinada (isto é arroz que se apresente??? bora lá a subir a saiinha e rápido que ainda quero ver a bola na TVI), aqui fica o desengano:













A coisa funciona assim: a gaja porta-se mal, o gajo dá-lhe o correctivo adequado, a gaja apesar daquelas cuecas gigantescas com aberturas estratégicas, fica com marcas, o gajo está cheio de espírito cristão e até lhe espalha no rabo um creme de arnica e depois...

E depois... e depois, a minha mãe devia-me ter mandado à catequese quando eu era miúda porque eu ainda não percebi o espírito cristão subjacente.


ADENDA

Glossário muito informativo, onde até se aprende que pode bater na véspera de um acontecimento para evitar ter de bater mais violentamente após o dito. Uma ternura cristã, está visto...

Mas para que não se pense que são uns insensíveis, também são contra o Soaping, por exemplo:

Soaping: A dangerous alternative punishment where a wife’s mouth is washed with soap. Not recommended.

quarta-feira, junho 27, 2007

Disciplina Doméstica Cristã







A Christian Domestic Discipline marriage is one that is set up according to Biblical standards; that is, the husband is the authority in the household. The wife is submissive to her husband as is fit in the Lord and her husband loves her as himself. He has the ultimate authority in his household, but it is tempered with the knowledge that he must answer to God for his actions and decisions. He has the authority to spank his wife for punishment, but in real CDD marriages this is taken very seriously and usually happens only rarely.


CDD is so much more than just spanking. It is the husband loving the wife enough to guide and teach her, and the wife loving the husband enough to follow his leadership.




Though this seems unusual in today's United States, this kind of marriage has been practiced throughout history and is still practiced in many parts of the world today.


A foto que tão lindamente ilustra este artigo é de um dos produtos à venda no referido site. Kinky, não??

terça-feira, junho 26, 2007

Diz que é uma espécie de publicidade...




"Esqueça. O gosto dos homens nunca vai mudar."

Uma coisa é apelar ao uso de produtos alimentares mais saudáveis, promover a perda de peso para prevenir doenças várias. Outra, bem diferente, é dizer que as mulheres gordinhas nunca serão objecto de desejo.

Não me parece que o estilo "ou emagreces ou nunca vais ser amada" tenha lá grandes resultados...

sábado, junho 23, 2007

Resumo do dia

Novo microfone - 10 / Mazinha - 0

Já que não tenho tempo para postar nada de jeito aqui fica a recomendação para o fim de semana:

Womenage a trois, onde se explica a homossexualidade do Clinton.

quinta-feira, junho 21, 2007

Por falar em Verão...



que tal um teste absolutamente de acordo com a silly season que se aproxima??

quarta-feira, junho 20, 2007

Prémio Não tinha pensado nisso

Para meu espanto, o autocarro chegou à hora estipulada no horário.
Poucos quilómetros decorridos da viagem noto que seguimos à estonteante velocidade de 40 kms/hora e não há nenhum carro à vista. Não resisto e pergunto ao motorista o porquê daquele engonhanço. A resposta foi genial:

- Porque as pessoas estão habituadas ao atraso e se eu conduzir mais depressa o mais certo é alguém perder o autocarro. É chato, o outro é só daqui a hora e meia e os táxis estão caros, não acha?

terça-feira, junho 19, 2007

Lágrimas


Esta foto foi tirada no Vietname há 35 anos e rendeu ao seu autor um prémio Pulitzer.
Que tenha sido o mesmo fotógrafo a tirar esta da Paris Hilton parece-me quase impossível... toda a história aqui.


segunda-feira, junho 18, 2007

Prémio "Tu não me digas"

Cliente aqui na loja:

"Quero escolher uma coisa gira porque faço anos no meu aniversário".

sábado, junho 16, 2007

sexta-feira, junho 15, 2007

Desânimo

Dizem-me que boa parte dos incautos que visitam este vosso blog são brasileiros em busca de bonecas insufláveis.
O que se passa na mente deles sei eu, ou julgo ter uma ideia. Mas que mistérios insondáveis, que afinidades electivas, que obscuras conexões, que raio se passará na mente cibernética dos chamados motores de busca?
Como é que eu e as minhas preclaras co-bloggers podemos ser tomados por insufláveis - já para não falar nas bonecas? Nós, que temos uma weltanschauung poderosa e iluminada, que estamos atentos ao zeitgeist - eu particularmente, que estou agora desesperadamente à procura de outra palavra alemã para pôr aqui e não a encontro -, nenhum de nós merecia isto do Google.
Tenho dito.

quinta-feira, junho 14, 2007

quarta-feira, junho 13, 2007

Gay Bomb e outros delírios...

Aqui está um artigo com uma lista de armas estapafúrdias que o Exército Norte Americano tomou em consideração.

Mas não há dúvida que a ideia de tornar o inimigo num bando de homossexuais mais interessado em saltar para a espinha do colega do que defender o seu país é, no mínimo, hilariante...

ah ah ah ah

Mais engraçado que o Bush ser roubado num "banho de multidão" só mesmo a negação da Casa Branca.

Não é suposto este gajo ser dos mais protegidos do mundo????

segunda-feira, junho 11, 2007

Dildos & Companhia


Nem de propósito. Ainda ontem estive a debater com um amigo o futuro do comércio tradicional, as novas tendências de consumo e outros temas caros a quem passa a vida a pagar impostos e agora dou de caras com um nicho de mercado que nunca me passaria pela cabeça (vai daí, não admira que seja uma tesa…)

A coisa funciona a partir de um pressuposto simples: para quê gastar dinheiro em sex toys que não sabemos se serão do nosso agrado? A vida está cara, carago! Mais vale alugar os ditos e prontos, ir variando, que nestas coisas, já se sabe, a novidade é a alma da coisa.

É assim a modos que uma biblioteca mas onde se paga para utilizar o material

domingo, junho 10, 2007

Portugal no seu melhor.

Aí há uma quinzena, o termómetro público a meio da av. Fontes Pereira de Melo marcava 3 graus negativos. A minha pele dizia-me que não era verdade, e o termómetro do carro acrescentava precisão a esta ideia, mostrando que estavam 25 positivos - o que era perfeitamente natural em Maio.
Há dias, estavam 32 graus, e desci a mesma avenida. Um relance ao mesmo termómetro público: marcava 1 grau positivo. É a imagem de Portugal: não está parado, acompanha a evolução das coisas, mas com uma certa décalage.

Por razões passionais, tenho ido várias vezes a Santa Apolónia, esperar o último "Alfa", que chega lá para perto da meia-noite. A essa hora, já ninguém anuncia as chegadas na instalação sonora, nem nos placards se informa a respectiva linha. Quem quiser que adivinhe. Àquela hora, o sistema (homens e máquinas) cansou-se. Quase nos sentimos intrusos na gare, que aparenta só estar aberta porque há um estupor de um comboio do Porto que tem que chegar a algum lado.

Contaram-me há dias o caso de um oficial durante a guerra em Angola, cuja unidade caíu numa emboscada. Após mais de meia hora de fogo intenso, ele olhou para o relógio e disse:
"Cinco da tarde. O Salazar não me paga horas extraordinárias." E mandou alto ao fogo, amochando debaixo de uma camioneta. Os guerrilheiros, julgando talvez tratar-se de uma armadilha, retiraram.

Sei lá, às vezes há males que vêm por bem (digo eu para não me desesperar muito).

sábado, junho 09, 2007

O autocarro, retrato social ao vivo e a cores

As viagens de autocarro são, como toda a gente sabe, ( ou pelo menos aqueles que de nós não são automobilizados ) alucinantes, creio mesmo que podemos inscrever novas pérolas na sabedoria popular.

Aqui e ali ouvem-se umas frases que nos despertam daquele torpor e conseguem arrancar-nos um belo sorriso interior:

A senhora vira-se para o condutor e pergunta-lhe:

- O Senhor dá-me um jeitinho pela frente?

É claro que esta interrogação suscitaria uma série de respostas interessantes, mas é óbvio que estamos perante gente que se entende tacitamente.

Vai daí o condutor responde-lhe pacificamente, e de forma voluntária e conivente, abre amavelmente, a porta da frente para que a senhora possa sair.

sexta-feira, junho 08, 2007

A tragédia, o horror, o drama...

Derivado à minha pouca tolerância à lactose, comi três colheres de um iogurte de soja.
Definitivamente, não sou gaja para estas coisas radicais.

quarta-feira, junho 06, 2007

Convite

Vem comigo por Lisboa, ver os jacarandás em flor.

segunda-feira, junho 04, 2007

A imagem do século


Não se sabia, e parece que continua sem se saber, quem era este homem, ou o que andava por ali a fazer. Aparentemente, naquele Junho de 1989 em Pequim, seguia na sua vidinha quotidiana e anónima, carregando dois sacos, possivelmente com compras no supermercado.

E, subitamente, este ser anónimo encontrou-se com a História que rolava pelas ruas. Então, saltou para a frente dela. Sozinho. Armado com dois sacos e o seu corpo, mas sobretudo com a vontade de não arredar pé perante uma violência intolerável. E ali ficou, parado, mostrando como 60 ou 70 quilos de carne e sangue podem enfrentar centenas de toneladas de aço e fogo.

Conheço poucas imagens tão comoventes como esta, tirada no ano em que o século XX realmente terminava - o século mais violento de sempre, o século dos grandes confrontos entre a liberdade e a brutalidade cega do poder e das ideologias, entre a dignidade humana e opressão das grandes máquinas industriais e políticas. O século dos sonhos pervertidos e das ilusões perdidas - mas também o de uma certa afirmação moral perante a barbárie e a desumanização. Que é o que este homem está a fazer.

O século XX que ainda é o de todos nós foi o século da imagem, e há-as, poderosas - as matanças da I Guerra Mundial, Lenine falando às massas, Hitler, o cogumelo atómico, o homem na Lua, centenas de outras. Mas se me pedissem para escolher a imagem que melhor o retrata, eu não hesitaria. Escolhia esta.

sábado, junho 02, 2007

Post de fim de semana

Já que este blog é suposto ser sobre coisas que nos chateiam, cá vai um dos meus ódios de estimação: ciclistas de fim de semana.

Quando, como eu, se tem de usar uma estrada nacional que vai dar à praia, tá o caldo entornado. Chega a Primavera et voilá, aparecem do nada os grupos de patetas.

Vai uma gaja de carro, atrasada para o estaminé, e zás, leva com grupos de 20 e 30 palonços, vestidos de brilhantes licras, em amena cavaqueira no meio da estrada.
Fico chateada, claro. Primeiro, agem como se a estrada fosse exclusivamente deles, depois olham com desprezo a malta que tem mesmo de ir a algum lado (será que estes gajos desconhecem que há gente que trabalha ao fim de semana???) e depois, porque, bora lá a ser sinceros e honestos…. A maioria deles está longe de ter predicados desportistas.

Hoje, então, foi particularmente dramático: tive que conduzir em segunda atrás dum trambolho com um rabo de dois metros envolto em licra verde brilhante e camisola amarelo vivo a envolver as regueifinhas. Os danos causados à minha libido estão ainda por apurar, mas suspeito serem vastos.

E não me venham dizer que as pessoas com uns kilos também têm direito a praticar desporto. Eu também tenho uns kilitos a mais e nem por isso me visto de licra justa e brilhante para acentuar a desgraça. E garanto que não tenho um rabo com metade do tamanho daquele. Um gajo daqueles devia fazer caminhadas, natação e tal: Podia até andar de bicicleta na ciclovia da praia com um fatito de treino discreto.

Agora, reunirem-se com outros gajos, engonharem o trânsito que liga duas cidades e ainda mandarem bocas aos “apressados”, que apenas querem fugir daqueles figuras brilhantes com capacetes ridículos, joelheiras fluorescentes e demais parafernália ciclista, isso já acho que é excesso de liberdade. E ainda falam da Gay Parade…

Agora, se me dão licença, vou ali ver fotos do Pierce Brosnan, para ver se me recomponho.

quarta-feira, maio 30, 2007

Tou emocionada

Estão a instalar-me a internet.

quinta-feira, maio 24, 2007

As verdadeiras intenções do ministro

Ninguém percebeu o alcance do que disse o ministro das Obras Públicas. O que ele fez foi extraordinariamente inteligente. Ao dizer que o sul do país é um deserto onde não há nada, suscitou um coro de protestos de autarcas e responsáveis da região: que não, que há sim senhor, que aquilo é riquíssimo.
E assim, de uma penada, o ministro das Obras Públicas retirou a todo o sul do país a legitimidade para reivindicar mais atenção e investimentos do Governo: eles próprios dizem que estão bem servidos de escolas, hospitais, etc.

segunda-feira, maio 21, 2007

História exemplar


MR executou satisfatoriamente todas as manobras que o examinador lhe ordenou: virar à direita, virar à esquerda - sempre respeitando o "eixo da via," - estacionar, arrancar, pisca-pisca, ter atenção aos sinais, etc. O exame de condução estava a correr bem.
No final, o examinador manda-a estacionar em "espinha" junto de outro carro. Ela estaciona um palmo mais afastada do que devia. Ele manda repetir. A manobra continua a não o satisfazer: "Tenha atenção! Pense! Não tem cabeça para pensar?" Ela enerva-se. É reprovada.
Agora tem que pagar mais 300 euros para requerer novo exame.
Mas é justo. Seria um crime ter-lhe dado a carta. Já bastam os milhares de condutores incompetentes que circulam nas estradas portuguesas, matando-se (e matando) às centenas por não saberem estacionar devidamente um carro.

quarta-feira, maio 16, 2007

Chico-espertices

A publicidade reflecte o espírito do tempo. Depois da infeliz campanha das "Novas Oportunidades," decorre por aí a campanha de um banco - o BES - em que uma série de criaturas responde a um pedido de empréstimo dizendo coisas espirituosas como "Sou verde? Tenho luzes não sei onde? Tenho não sei quê escrito na testa? Ora vá..." (cito de memória).
Sempre que vejo isto, fico incomodado. A ideia é dizer às pessoas que vão mas é ao tal banco pedir o empréstimo. Tudo bem, os bancos servem para isso. Mas incomoda-me que se celebre assim o egoísmo, a falta de compaixão e de solidariedade, a pequenina prepotência sobre quem precisa, a ironia agreste sobre alguém que, em princípio, não pede dinheiro emprestado por estar bem na vida. Aquelas personagens consagram a imagem do chico-esperto, do pequenino-burguês fechado na sua conchinha, do "não me incomodes que eu quero é o meu e tu vai-te mas é lixar."
Como é costume, hoje que a televisão comanda e nivela o pensamento, o discurso e as imagens, já comecei a ouvir, aqui e ali, gente a papaguear estas frases, por brincadeira. Mas aposto que, nas pequenas histórias de cada um, já há pessoas que as ouvem a propósito das suas necessidades reais.
Longe de mim achar que esta campanha devia ser suspensa, proibida, ou coisa do género. Apenas acho que é infeliz. A mim, estes anúncios dão-me uma ideia péssima da instituição que as faz: uma instituição que, pelos vistos, vive à custa do salve-se-quem-puder social.
Não sei se mais alguém sente isto, ou se é parvoíce ou picuinhice minha. Se for, quero lá saber. A verdade é que aqueles anúncios me deprimem.

Já agora, também me irritam aqueles anúncios na rádio em que um locutor lê a velocidade supersónica aquelas informações legais sobre o produto. Não se percebe obviamente nada, mas a lei é cumprida. É, de novo, a chico-espertice em todo o seu esplendor.

sexta-feira, maio 11, 2007

A tal da não-inscrição

Tinha começado a comentar o teu post, dear Junu. Mas como a coisa estava a ficar para o grande, passei para aqui.

Um filósofo (José Gil) que irrompeu por aí há um par de anos e esteve muito na moda (sobretudo porque o "Nouvel Observateur" disse que era um dos pensadores europeus mais originais da actualidade, o que deixou logo toda a gente excitadíssima) lançou o conceito da "não inscrição" portuguesa. Diz ele:

"Em Portugal, nada acontece, quer dizer, nada se inscreve - na história ou na existência individual, na vida social ou no plano artístico.(...)A não-inscrição não data de agora, é um velho hábito que vem sobretudo da recusa imposta ao indivíduo de se inscrever. Porque inscrever implica acção, afirmação, decisão com as quais o indivíduo conquista autonomia e sentido para a sua existência. (...) Nada tem realmente importância, nada é irremediável, nada se inscreve" ("Portugal, Hoje - O Medo de Existir").

E há dias, lembras-te? falávamos do Eduardo Lourenço e do que ele diz, por exemplo, sobre a perda do Império colonial: aquilo por que tanto havíamos lutado caíu sem emoção de maior.

"Um acontecimento tão espectacular como a derrocada de um império de quinhentos anos, cuja posse parecia co-essencial à nossa realidade histórica e mais ainda fazer parte da nossa imagem corporal, ética e metafísica de portugueses, acabou sem drama. (...)A maneira como foi vivida e deglutida pela consciência nacional é simplesmente assombrosa. Ou sê-lo-ia, se a capacidade fantástica que em nós se tornou uma segunda natureza de integrar sem problemas de consciência o que em geral provoca noutros povos dramas e tragédias implacáveis, não atingisse entre portugueses culminâncias ímpares." ("O Labirinto da Saudade").

Nos anos 60, a questão da Argélia pôs a Franca à beira da guerra civil e ainda hoje se vêem as feridas. A perda de Cuba em 1898 virou quase a Espanha do avesso, e provocou um fortíssimo movimento de renovação política e cultural, um "repensamento" geral do que era e do que poderia ser a Espanha. Por cá... Houve uns resmungos, e a coisa passou, quase como se nunca tivesse acontecido.

A nossa falta de memória colectiva tem a ver com isto - com as coisas passarem por nós sem nos marcarem demasiado. Nós, portugueses, não temos memória, temos uma vaga lembrança. Não temos História, temos saudades. Todo o povo precisa de uma imagem idealizada de si próprio. Mas a nossa não é idealizada, é irrealista. Por isso vivemos entre a glória e o descalabro, entre a euforia e o desânimo, quase sem estados intermédios que permitam que nos pensemos devidamente a nós próprios. Não pensamos. Não nos questionamos. Somos um povo completamente bipolar, para não dizer esquizofrénico.

Quem sabe se isto não terá também algumas vantagens? A "não-inscrição" talvez nos poupe a traumas que de outra forma nos teriam destruído há muito. Ainda acerca da descolonização, é espantoso como um país de dez milhões de pessoas integrou, de um dia para o outro, quase meio milhão de "retornados" (5% da população!) sem grandes problemas nem convulsões visíveis. Não estou a ver muitos países fazerem isto.

Enfim, Tout comprendre c'est tout pardonner, dizem. Mas se não encontramos um lado bom de tudo isto, ainda que pequenino, resta-nos o desespero de viver numa terra que nada exalta, nada mobiliza, nada indigna - a não ser, vagamente, o futebol. E mesmo aí, só pela rama.

quinta-feira, maio 10, 2007

A impunidade tal como ela é...

Sinceramente, estou-me nas tintas para que o Sócrates seja, ou não, Engenheiro.
O que me chateia mesmo é o engodo e as águas paradas. Ontem, li que a UnI vai funcionar por mais seis meses.

"Os cães ladram e a caravana passa".

Está bom de ver que vai cair no esquecimento, porque a memória é curta e o que é preciso é que sejamos um país de licenciados à pressão e de outras coisas sem precisão...
Parece que se vive num país que padece de Alzheimer generalizado!
( É, claro, que este foi apenas o motivo próximo para este desabafo!)

quarta-feira, maio 09, 2007

Só para dizer...

Que estou viva. Mas sem internet...
I'll be back!

(acho)

quinta-feira, maio 03, 2007

Notícias que não chateiam. Última hora:

Comi as primeiras cerejas do ano num vale do Douro.

terça-feira, abril 24, 2007

Na morte de Boris Ieltsin


Bertold Brecht inventou aquela do "se o povo não gosta do Governo, mude-se o povo." Era uma blague, mas Boris Ieltsin fez, na prática, algo de parecido: em 1991, em vez de tirar Gorbachov da URSS, tirou a URSS de Gorbachov.
É, que eu saiba, o único caso da História em que, para acabar com o governo de um país, se acaba primeiro com o país.
Só por isso, merece um lugar nela.

sexta-feira, abril 20, 2007

Declaração

Para os devidos efeitos, declaro que o verbo mais feio da língua portuguesa é:

Empratar

Ouvir dizer que fazem isso à comida tira-me completamente o apetite, e faz-me apetecer ser boi ou vaca para ir pastar ervinhas verdes e soltas pelos campos da Primavera.
Não o consigo sequer pronunciar, seja em que conjugação for. Tentei uma vez, e ia morrendo.
Foi a primeira vez que o escrevi. Não imaginam o que me custou. E será a última, exceptuando eventuais fins didácticos, citações literais, ou uma ordem judicial.

Vamos ao cinema


A exploração de um link sobre o riso levou-me a reencontrar um belo monólogo final de um belo filme. As palavras simples são lindas.

And yet, now that I'm an old, old man, I must confess that of all the faces that appear to me out of the past, the one I see most clearly is that of the girl whom I've never ceased to dream these many long years. She was the only earthly love in my life, yet ... I never knew, nor ever learned, her name.

quinta-feira, abril 19, 2007

Tarde em família

Descobri este video. Passa-se em Roanoke, Virginia, sede da empresa de onde veio a arma com que o puto coreano matou aquela gente toda na Virginia Tech.
Longe de mim fazer ligações apressadas, demagógicas ou sem sentido. Limito-me a achar curioso.
São bons cidadãos, reunindo-se presumivelmente ao domingo para confraternizar.
Aposto que ali é proibido fumar, pois trata-se de uma actividade muito perigosa para a saúde, e um mau exemplo para as crianças.

Meditação em tempo de ódio

Entretanto fui aqui e apetece-me falar sobre isso, subscrevendo muito do que lá é dito.

Em parte, que acontece em Portugal na atitude de muita gente para com os imigrantes é a verificação prática do dito "não sirvas a quem serviu." É, no subconsciente de muita gente, a desforra do bidonville: agora, já somos senhores, já temos quem nos despeje as retretes e apanhe os papéis do chão, já nos podemos vingar de gerações inteiras de cerviz dobrada a servir à mesa dos ricos.

Em muito português médio vive o Atila do Novecento de Bertolucci. É o "complexo do capataz": o que teme e inveja os senhores e despreza os que estão por baixo, servil para os primeiros, tiranete para os segundos, e a verdadeira matéria humana de que se alimentam todos os fascismos. É daí, desse patamar intermédio, que saem os meninos rabinos que são a tropa de choque da ideia mais imbecil da actualidade: a de que somos "brancos e puros" - nós, portugueses, a coisa mais misturada que existe após séculos de senzala, de amor na palhota, de marranice, de pecadilhos, luxúrias e necessidades devolvidas em naus de torna-viagem.

A imigração é, certamente, uma questão crucial. Os "bárbaros" atropelam-se à porta da Europa e infiltram-se, como há 1500 anos, o faziam nessa "Europa" que era Roma. Podia ter sido de outro modo, nessa altura? Pode hoje ser de outro modo? O que fizeram esses meninos rabinos, ou os pais deles, para o evitar, para manter forte aquilo que sentem ameaçado, seja lá o que for?

Mas, sobretudo: é um mal? O que é que está em risco: a "cristandade", hoje cada vez mais definida como sendo o conjunto daqueles que não vão à igreja? A "raça", essa coisa cuja pureza não existe em lado nenhum? A "cultura" e a "civilização"? Saberão eles de onde vem a suástica que trazem ao pescoço ou tatuam nas partes? Ou de onde lhes vem o ritmo que é a base das músicas que ouvem? Já nem falo da Marcha Turca de Mozart, esse expoente da cultura europeia que esses capatazes filhos de capataz nem devem saber quem é.

As palavras-chave são "estupidez" e "ignorância." E seriam ridículos se não fossem tão perigosos.

Ponto de situação

Este blog é tão intimista, tão familiar, que hoje até vim aqui de pijama, regar as sardinheiras da varanda.
Sabe bem este não andar em fogueiras, este circular na marquise por entre o gato, as fotos de casamentos e viagens, as lombadas das Maravilhas do Mundo Animal e os cristais da avó, com o cheiro do refogado que vem da cozinha lamber-nos o quotidiano.
Assim, deixo aqui, tranquilamente, o que hoje me preocupa: tenho que ir à farmácia entregar umas receitas para recuperar 30 euros que paguei a mais numa compra suspensa. Preciso de pasta de dentes, de azeite e de pão, por isso terei também que passar pelo Mini Preço sem esquecer o cartão, por causa dos descontos nas promoções.
Assim de repente, acho que não há mais nada.
A vida é um bem inestimável.

Post emocionado

Bem... estou tão habituada a não conseguir fazer loguin aqui no blog que, prontos pá, agora que consegui, nem sei bem o que possa escrever. Tou emocionada, é o que é.

Aqui vai info para fazer inveja aos amiguinhos:
a minha nova loja fica a 18 kms de casa (a anterior a 46), três semáforos (pouco problemáticos) e quatro rotundas (todas com hipótese de "escape".

Tenho estacionamento legal e de borla a 200 metros da loja e estou a uns míseros 700 metros desta bilbioteca de praia... o velhinho Diana Bar...

quarta-feira, abril 18, 2007

Momento de solidariedade

Aparentemente, a minha co-blogger perdeu-se no meio de um emaranhado de fusíveis, fios eléctricos, embalagens de calcinhas eróticas, chaves de fendas e a turbulência hormonal de vários jovens prestadores de serviços - tudo isto no âmbito de uma continuada deficiência internética. Calculo que esteja a passar horas difíceis. Daqui vai um bem hajas de solidariedade, e adeus até ao teu regresso.

O tempora...

Sim, eu às vezes também vou buscar coisas a França. E é tão gira, esta frase! (Que me seja desculpada a versão original, mas a tradução tirava-lhe metade da graça):

"Jadis, le rebelle était un homme du peuple qui voulait épater le bourgeois. Maintenant, c'est un bourgeois qui veut épater le peuple." Pascal Bruckner, "La Tyrannie de la Pénitence"

terça-feira, abril 17, 2007

Nos enfants de la Patrie


O que mais me chateia nem é a frase proferida por gente que, provavelmente, pouca tenção faria de "discutir ideias" se um dia chegasse ao poder. O que mais me chateia é ter-se-lhes dado pretexto para a dizerem.

O que me chateia, também, é ver este "nacionalismo" que macaqueia, nas cores e no próprio símbolo, um partido estrangeiro. Tudo ali lembra a FN, neste atavismo lusitano que, das ideias às botinas das senhoras, tudo recebe de França "pelo paquete do Havre", como dizia o eterno Eça. Aquilo tresanda a franchising.

Enfim, vendo bem, o D. Afonso Henriques também era meio francês. Se calhar, eu é que estou a ver mal as coisas. Que se lixe.

segunda-feira, abril 16, 2007

Primeiros calores (Take 2)

Hoje apetece-me dizer ao meu amor: mostra-me o teu Douro, que eu mostro-te o meu Tejo.

Primeiros calores (Take 1)

Tenho o ar condicionado do carro estragado. Ainda ontem, tê-lo era um luxo. Hoje, não tê-lo é uma chatice. Chama-se a isto "progresso."

domingo, abril 15, 2007

Salada russa

A oposição russa está a acordar, e andou todo o fim de semana a cumprir o seu destino histórico, que é o de ser moída de pancada.

Vladimir Putin é um legítimo sucessor de Catarina a Grande, para quem "a Rússia é um país demasiado grande para ser governado por mais que uma pessoa."

sexta-feira, abril 13, 2007

Das obras

Um electricista deu-me um orçamento no valor de 455 euros. Depois de 5 minutos de conversa, já fazia o serviço por 320.
Hoje ligou-me a oferecer-se para o fazer por 290.

Isto é que é profissionalismo!


ps - a net anda marada cá por casa. Voltarei logo que possível.

segunda-feira, abril 09, 2007

Como impressionar 3 gajos duma só vez

Pedir uma chave Allen de 4,5 mm, de preferência com rotação a 30º.

quarta-feira, abril 04, 2007

Dulce et decorum est...


Faz 175 anos.
Comê-la dá-nos uma das três provas da existência de Deus (outra é a Monica Belucci. E a terceira é cá comigo).
Chateia-me não ter agora aqui uma fatia.
Mas se o meu sangue não me engana, havemos de ir a Viena

O direito à incomunicabilidade

Hoje de manhã fui ao dentista e, por razões óbvias, não podia atender o telefone. Desliguei o aparelhinho para não me chatear com o apito.
Nos minutos que se seguiram a tê-lo ligado de novo, tive que aturar a estranheza de três interlocutores por me terem ligado em vão. Um deles teve mesmo a lata de me perguntar porque é que eu tinha desligado o telemóvel. Respondi-lhe que foi porque me apeteceu e que ele não tinha rigorosamente nada a ver com isso.
Perdemos o direito à incomunicabilidade, que é tão sagrado como a liberdade ou a busca da felicidade (aliás, faz parte delas).
Por mim, quero-o de volta. Fica aqui dito que, se me ligarem, pode ser que me apanhem ou não.
E se ninguém vos telefonar, já sabem que sou eu.

sexta-feira, março 30, 2007

"Falhei porque ele se mexeu, meu sargento..."

Um exercício militar com mísseis terra-ar de curto alcance realizado ontem na Marinha Grande falhou os objectivos do Exército, já que nenhum dos oito alvos foi destruído.

O exercício Relâmpago 07, para testar com fogo real o sistema de míssil antiaéreo Chaparral, não cumpriu os objectivos iniciais e os militares responsabilizaram os alvos utilizados, cuja data de validade expirava este ano. "Falhou o espectáculo mas valeu o treino", disse o comandante do Regimento de Artilharia Antiaérea 1, coronel Vieira Borges, que endereçou as responsabilidades dos erros para os alvos LZS 5000.


Devem estar a brincar comigo...

Falhar alvos, acontece nos melhores exércitos. Mas repare-se na justificação: OS ALVOS ESTAVAM OBSOLETOS. O comandante da unidade explicou (e passo a citar): "Os alvos tinham alguns anos e com data de validade até este ano, e os mísseis não os conseguiram fixar".

De maneiras que a Pátria pode ficar descansada: estamos preparados para nos defendermos de qualquer inimigo moderno e com armas dentro do prazo. O pior é se somos atacados por qualquer país atrasado, uns borrabotas quaisquer com armas do tempo das Guerras Púnicas: aí estamos fritos. Os nossos mísseis antiaéreos não vão conseguir acertar nas setas, nos biplanos de pau e lona, nos pedregulhos das catapultas e quiçá nos foguetes de festa.

O Exército não tem culpa. Dêm-lhe alvos em bom estado, e não falhará um tiro. Mas qualquer iogurte azedo passará incólume pelas nossas valorosas defesas.

Inimigos de Portugal, verifiquem o prazo de validade das vossas armas. Se estiverem em regra, esqueçam: no pasarán. Mas vão ao baú, aos ferro-velhos e à arrecadação, saquem os trabucos que tinham mandado para a sucata, e garanto-vos que acamparão no Terreiro do Paço em menos de dois dias de marcha.

E aí, o nosso Exército não poderá ser responsabilizado, pois cumpriu a sua parte. A culpa toda será do inimigo que, traiçoeiramente, nos atacou com molhos de nabiças, lasanhas, sacos de arroz e queijinhos frescos claramente fora de prazo.

A solução será vender os nossos sistemas de mísseis e em vez deles comprarmos toneladas de ovos (frescos), tomates (não muito maduros), bananas (para espalhar as cascas nas estradas), baterias de chouriços de sangue, cartucheiras de tremoços, amendoins, pevides e azeitonas, e organizar a guerrilha no Martim Moniz, na Avenida dos Aliados, ou em qualquer outra zona inóspita, mantendo o inimigo sob constante pressão e fogo ininterrupto destas armas letais.

Não temos nada a temer da Espanha, e tudo da Papua-Nova Guiné. Hoje vou dormir descansado (desde que tome pastilhas suficientes, claro).

quinta-feira, março 29, 2007

Das mudanças II

Tenho andado sem tempo para nada, que isto de mudar de loja não é coisa fácil.

O Salazar ganhou eleições, o Algarve agora escreve-se com 2 "eles" e tantas outras coisas que merecem o estatuto de coisas chatas passaram ao lado. Até o brilhante texto do Pedro Arroja ficou fora das minhas prioridades.

Agora... o que me chateou, mas chateou mesmo é que a Super Bock criou uma cerveja com sabor a pêssego. Pêssego, santo deus!!!!

Isto sim, deveria ser matéria pra reflexão profunda acerca da humanidade, de onde viemos e para onde vamos.

Um mundo em que a cerveja sabe a pêssego nunca poderá ser um mundo por aí além.

terça-feira, março 27, 2007

Trovas do vento que passa


Estou com o JPP. Não tarda, será impossível andar pelo país olhando os campos, as cumeadas, os horizontes,sem ver neles poisados esses gigantes disformes como invasores marcianos da Guerra dos Mundos. Em nome da ecologia, todo o nosso universo visual está a ser poluído sem remédio.

Já não são as maisons de emigrantes que nos agridem numa volta de estrada mas das quais desenjoamos na volta seguinte contemplando uma fraga ou um vale impolutos. Já não são sequer as antenas de telemóveis eriçadas aqui e ali. Não são horrores pontuais dos quais podemos fugir. São notas incontornáveis que marcam tudo, até onde a vista alcança e nos vão encerrando num universo de aranhiços metálicos para onde quer que vamos ou olhemos. Não são furúnculos localizados: é uma praga que está a corroer toda a pele da terra, toda a paisagem, o "skyline" do país inteiro, uma invasão da qual um dia será inútil fugir para contemplar um horizonte limpo, um campo primordial, uma montanha inviolada. Não são adereços mal colocados ou mal escolhidos no cenário: é o próprio cenário, no seu todo, na sua essência, que está a ser alterado.

Claro que as energias renováveis são necessárias, e são talvez o futuro. Mas a que preço? É possível ordenar as coisas. Ainda há tempo de evitar o desastre. Não sei se há vontade ou força. Conhecendo o espírito do país, os antecedentes urbanísticos, a selvajaria e o desleixo seculares, só se pode ser pessimista. Dentro de poucos anos, não haverá paisagem limpa em Portugal. Literalmente, é um ar que lhe vai dar. E ficaremos uns quantos cavaleiros, cada vez mais da Triste Figura, a investir contra moinhos de vento.

segunda-feira, março 26, 2007

Das mudanças

Serve o presente post para dizer que a este ritmo vou levar 3 anos a conseguir encaixotar tudo.
De onde raio surguiram tantos collantzinhos, cuequinhas e tanguinhas cujas caixas originais desapareceram???

Tou assarampantada, essa é que é essa.

domingo, março 25, 2007

Hoje vamos à bola. Mas não redonda.


O que está relatado nesta pedra, colocada no colégio de Rugby, é certamente apócrifo. Mas é delicioso que o nascimento (ainda que mitológico) de uma actividade se deva a um gesto de "fine disregard for the rules" de outra. Claro que isto - o facto, o mito, e a lápide - só podia acontecer em Inglaterra.

O râguebi – sobretudo quando bem jogado - é um dos mais belos desportos de equipa, e talvez o mais completo. Alia a disciplina colectiva, o espírito de corpo e o sentido de sacrifício da falange grega à astúcia individual e reflexos do guerrilheiro, a força bruta à agilidade. Requer coragem física e inteligência em doses generosas. É tudo menos um jogo de selvagens obtusos: pelo contrário, é um jogo de gente suficientemente inteligente e sofisticada para saber tirar todo o partido da complexidade técnica. Sob aquela aparente brutalidade caótica joga-se um confronto altamente complexo, codificado por quase 40 regras (o futebol tem 11), a maior parte destinada a aumentar o desafio físico, moral e intelectual do executante. É um jogo extremamente duro, jogado nos limites da violência – mas, por isso mesmo, impondo aos que o praticam padrões morais e éticos raramente vistos noutros desportos. Costuma dizer-se que, enquanto o futebol é um jogo de cavalheiros jogado por rufias, o râguebi é um jogo de rufias jogado por cavalheiros. Está para o futebol e similares como o xadrês está para as damas.

A selecção nacional portuguesa de râguebi cometeu este sábado um feito enorme, que foi o de se classificar para a fase final do Campeonato do Mundo. Só quem tiver uma ideia da galáxia que separa o râguebi português das grandes potências da modalidade poderá avaliar a amplitude da proeza - comparável à de o Grupo Desportivo Rebentacaixotes da Parvalheira de Baixo chegar à final da Taça de Portugal.

No entanto, tive uma enorme dificuldade em encontrar a referência a este facto nos jornais desportivos portugueses. Não sou consumidor do género, por isso aceito que tenha tido dificuldade em percorrê-los. Mas o futebol é avassalador, e a proeza da nossa selecção num jogo que enche estádios por esse mundo fora e atrai o interesse de muitos milhões de pessoas fica submergida pela nevralgia de um qualquer ponta-de-lança da III divisão, ou pelo treino do tal Rebentacaixotes.

Em Setembro, a jogar entre os melhores do mundo (todos profissionais), vamos certamente ser cilindrados logo de início pelo rolo compressor da Nova Zelândia. Mas vamos estar lá, graças a um punhado de homens que tem de meter baixas, férias ou dispensas no trabalho para irem aos treinos, e quase precisam de pagar para jogar.

Dito isto, claro que o futebol é um jogo maravilhoso e que o Ronaldo e o Quaresma me pregam ao televisor. Mas há mais coisas sob o céu do que as que sonha a nossa vã filosofia.

sexta-feira, março 23, 2007

This is the end

Hoje é o último dia da minha loja.
Vou ter saudades.

quinta-feira, março 22, 2007

Dúvida existencial

Porque raio é tão difícil voltar a pôr os collants dentro das embalagens???

quarta-feira, março 21, 2007

o meu DNA visual



via Os Putos


Uma ou outra coisa não está lá muito correcto... mas no geral, sou eu :)