quarta-feira, janeiro 31, 2007

Notícias que não chateiam: última hora.

Floriram amendoeiras em Monsanto.

Assim Não - Parte II

Estava eu aqui toda chateada por ter recebido o postalinho da nossa senhora a chorar e a propor-me a compra de um terço pelo preço mínimo de 10 € (terá portes incluídos?), quando percebi que a campanha pelo Não tinha ainda coisas mais escabrosas que estas...

No Sim no Referendo podem encontrar os panfletos pelo Não que um infantário de Setúbal achou por bem enfiar nas mochilas das crianças a seu cargo. Num deles pode mesmo ler-se coisas como:

"Por acaso pensavas comprar uma máquina de lavar ou um aspirador com os gastos que talvez eu te iria causar?"

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Assim Não

"O aborto em Portugal sempre foi um crime sem castigo. Isto tem a ver com a idiossincrasia própria do povo português e pela convicção generalizada que a este tipo de práticas se deve opor uma censura moral mais do que qualquer sanção penal." Andreia Neves

Portanto, fazemos leis que não são para cumprir porque no fundo, no fundo... só queremos mostrar que somos moralmente superiores.

"Sobra uma única coisa que está de facto em discussão: às dez semanas há ou não uma Vida? Há. É um facto, não é uma opinião. Há uma Vida com dez semanas – que faz caretas, tem dentes de leite, impressões digitais e um coração a bater - a que só falta nascer e crescer. A pergunta que agora se faz é escolher se a deixamos nascer, ou se deixamos que a Lei diga que pode ser abortada, se a mãe quiser. Seja por que razão for." Inês Teotónio Pereira

Eu não sei que ecografias é que esta rapariga anda a ver.... caretas? dentes de leite? impressões digitais??????

Apologia da neve

Frio e neve em Lisboa dão uma estranha sensação de dépaysement (pardon my french mas não conheço equivalente português: "despaisamento"? É atroz.) Parece que estamos no estrangeiro - naqueles países onde o calor é mesmo calor e, sobretudo, o frio é mesmo frio. Pôr um casaco grosso senão morremos, andar pela rua a soltar vapor pela boca, procurar o abrigo de um estabelecimento quentinho, sentir o "cheiro" do frio nas pedras, no asfalto húmido, misturado no ar poluído, são sensações raras em Lisboa. E bem vindas, porque nos tiram da modorra deste clima que nem é carne nem é peixe.

Gosto dos extremos climáticos. Chateia-me que não caia mais neve em Lisboa. A neve é civilizada: nem todos os países com neve são civilizados, mas todos os países civilizados têm neve. Excepto talvez na Austrália - mas, aí, a civilização não é autóctone, é importada (ou melhor, deportada, já que nasceu de uma colónia penal). E também neva um bocadinho, lá no sul.

Desde que a civilização deixou de precisar da agricultura e dos rios, passou a desenvolver-se onde há desafios a vencer. O desenvolvimento cresce com a distância aos trópicos. Um tipo na Escandinávia, com aquele frio e seis meses de noite, ou trabalha ou morre. Em África, basta-lhe cuspir para o chão e nasce uma planta - para quê trabalhar?

Em Lisboa, não há nem muito calor nem muito frio, é sempre este climazinho tépido que anestesia a alma e amolece a vontade. Venham o frio, a neve, os raios e os coriscos.

Ridículo

Estava aqui a pensar que deve haver coisas mais ridículas do que cair pelas escadas abaixo por se ter tropeçado na fita antiderrapante dos degraus.

Assim de repente, não me lembro de nenhuma. Nem de repente, nem com muito tempo, essa é que essa.

(deve ser da dor nas cruzes, só pode...)

sábado, janeiro 27, 2007

O Vickie da Fuckitall


A Fuckitall do Womenage A Trois passou-se comigo por não me lembrar que o Vickie não era uma Vickie. Ameaçou mesmo não voltar a falar comigo.
Ora bem... a foto acima é do dito moço. Assim como assim, eu nem três anos tinha quando a série estreou cá no país. Vão-me dizer que com aquele cabelinho e roupa não se prestam a confusões????? (já nem falo do passarinho na cabeça...)
Já agora, só para recordar...

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Momento musical

Ando com pouco tempo para postar aqui textos de fino recorte literário.
O Mouro, suspeito que também, que esse gajo para se pirar sem dar cavaco (salvo seja) é mesmo com ele.

Vai daí, deixo aqui uma música gira. Têm que clicar aqui porque este blog é armado em fino e não posta vídeos.

Bom fim de semana e já agora, respondam à pergunta da musiquita, tá?

ps - pensando bem, não precisam responder. A gente não quer saber dessas coisas, que isto aqui não é aquele blog novo cheio de gajos badalhocos que por aí anda.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Aviso á navegação

Badie: não comeces a gerir a coisa segundo a opinião pública. Cairás na demagogia, esquecerás valores para seguir o vento. Não faças tudo o que te pedem, não te governes pela voz da rua. Não faças disto um programa de discos, ou fotos, ou o que seja, pedidos. Quando muito, que sejam perdidos.
A democracia não presta - e isso viu-se cedo: da primeira vez que se pediu a opinião do povo, pregaram Cristo na cruz e libertaram um ladrão.
Quanto ao silicone, não comento. Não falo da minha vida sexual em público.

A chatice da clientela




Isto uma gaja tem uma loja e farta-se de ter clientes que querem um preto mais ou menos transparente o lacinho não devia estar do lado esquerdo mas sim do direito por causa da camisolinha que compraram na Zara mais as tangas que deveriam ser cuecas e as cuecas que são muito giras mas deveriam ser tangas e os estupores dos collants que são de um cinzento que não combina com mai num sei quê.


Uma gaja farta-se destas coisas. Uma gaja farta-se de celulite e mamas descaídas e cicatrizes do silicone e do marido que não gosta que ela vista soutiens de renda e essas coisas todas. E quando uma gaja se cansa o que é que faz? Cria um blog para dizer disparates, claro.


Os gajos começam a pedir gajas boas e eu posto. Agora são as gajas que se sentem discriminadas, que este blog é sexista e tal. E querem gajos bons. Mas não pode ser um qualquer que já se sabe que o raio das gajas são chatas como a potassa para escolher cuecas quanto mais um gajo.

Não... querem logo o bonzão do Polo. Não são pobres a pedir, as cabronas...


De modos que aqui vai o gajo, Nacho Figueras de seu nome e jogador de polo a sério. Agora não me chateiam mais. Se isto é pra ficar chato como uma loja, deixo já isto pró Mouro da Lapa que tem mais paciência para mamas de silicone do que eu.


segunda-feira, janeiro 22, 2007

Gaja boa



Os machos que frequentam este antro passam a vida a chatear-me, que isto é tudo muito giro, que até tenho títulos sugestivos e tal, mas que, porra, nem uma foto duma gaja boa, daquelas mesmo boas que os fazem ter este tipo de problema. Assim como assim, tomem lá gaja e depois leiam o artigo para remediar o problema.

Quem é amiga, quem é?

sábado, janeiro 20, 2007

Barbie Mil Broches


No meu tempo, ter o vestido de noiva da Nancy era o máximo a que podíamos aspirar....
Imagem roubada descaradamente à A funda São

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Pindérica

Que ir ao supermercado é uma aventura, todos sabemos. Mas há dias particularmente interessantes.
Hoje foi um deles.
Fui comprar fiambre. Estava à minha frente uma gaja com ar de tia e correspondentes roupinhas com motivos tigreses, cabelo impecavelmente loiro, unhas perfeitas, etc e tal. Queria queijo. Mas não um queijo qualquer...

- Quero 200 gramas de queijo enfastiado. Mas quero-o enfastido fino, ouviu?

(a menina ouviu... deve ter sido por isso que mordia os lábios enquanto "enfastiava" o dito queijo....)

terça-feira, janeiro 16, 2007

Show de Fé


Evangélicos brasileiros no seu melhor....

Gandas portugueses!

Não sei o que representa a votação para os "Grandes Portugueses", não sei como é feita nem quem vota, e por isso não sei até que ponto é representativa dessa coisa vaga que é a opinião pública. Mas vi a lista dos "dez mais" e reparei que nela existem cinco líderes políticos / homens de Estado: Afonso Henriques, D. João II, Marquês de Pombal, Oliveira Salazar e Álvaro Cunhal.

E o que é que une estes cinco homens? Para além de uma certa visão do Estado e da sociedade, variando conforme a época, todos eles são personagens enérgicas e, sobretudo, autoritárias.

Quanto à energia, compreende-se: sem ela, não teriam ficado na história. Como a coragem, é uma qualidade neutra, e essencial para se fazer coisas - sejam elas quais forem, boas ou más.

Mas o autoritarismo é que não é tão essencial à envergadura histórica (ou, afinal de contas, será?). Ele é, no entanto, o traço comun que liga estes cinco homens. Todos eles foram autocratas, homens de pulso de ferro, pouco inclinados a aceitar outras visões que não as deles. Nenhum deles foi um "democrata", nenhum deles cultivou a "democracia" (ponho estas palavras entre aspas para amenizar o evidente anacronismo de aplicar conceitos modernos a personagens de tempos tão diversos). Seria possível encontrar na História portuguesa outras personalidades igualmente grandes mas menos marcadas por este traço de carácter.

O que quer isto dizer? Sei lá. Mas é curioso.

E, já agora, também não há nenhuma mulher.

Não sei porquê, lembrei-me do que disse o grande filósofo Millôr Fernandes: "Um país que precisa de um salvador não merece ser salvo."

segunda-feira, janeiro 15, 2007

As mulheres, essas doidivanas...

"Hoje o aborto, fora das excepções já consignadas em lei, só é solução para mulheres distraídas, desleixadas, promíscuas, pois uma mulher normal tem inúmeras maneiras de evitar ficar grávida e, em última solução, tem a pílula do dia seguinte. Votar sim no referendo é incitar as mulheres à vida irresponsável, despreocupada, estúpida e arriscada."

Bold meu. A pérola vem do Blogue do Não, claro.

domingo, janeiro 14, 2007

Boneca Insuflável




Aparentemente, foi Hitler que inventou (ou mandou inventar) as bonecas insufláveis para que os seus soldados tivessem alguma companhia... sem misturas raciais, claro.

Não faço ideia se é verdade. Mas que a ideia tem a sua piada, tem...

A culpa é na Novis

A Novis continua sem conseguir resolver o problema no meu estaminé. Aparentemente, tenho net cerca de 18 horas por dia. Mas pago por 24.
E a verdade, verdadinha, é que não vivo na loja.
Que a net funcione durante a noite e a madrugada é coisa que não me interessa... eu quero é poder usufruir aquilo que pago.
Mai nada.
Arre, que isto chateia-me mesmo!

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Um dia na cidade

A rapariga da caixa do Jumbo passou mecanicamente as minhas compras pelo leitor óptico e finalmente só olhou para mim para me dizer quanto tinha que pagar. Não era feia nem bonita. Estendi-lhe o dinheiro e, a propósito já nem sei de quê, sorri-lhe.

Ela parou com o dinheiro na mão, olhou-me durante uns segundos, como que a digerir qualquer coisa, e depois disse-me: "Sabe? É o primeiro sorriso que vejo hoje."

Eram nove e meia da noite.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Incorrecções políticas

Chama-se Mark Steyn e a melhor recomendação para o seu livro “America Alone” é o azedo comentário do embaixador saudita em Washington: “A arrogância de Steyn não conhece limites.” Pois não, tanto que Steyn reproduz orgulhosamente esta frase na própria capa do livro, como uma medalha.
“America Alone” é um festival de incorrecção política, escrito com um humor caceteiro. Tese: o “fascismo islâmico” aí está para submergir a civilização ocidental, quanto mais não seja por razões demográficas – eles nascem quatro ou cinco vezes mais do que nós, amolecidos cidadãos das sociais-democracias que perderam todo o instinto de sobrevivência e toda a noção de iniciativa individual, viciados na droga do Estado ao qual se confiaram todas as responsabilidades. Desistimos de nos reproduzir, nascemos menos do que morremos, permitimos o aborto e os casamentos homosexuais improdutivos, perdemos tempo em pesadelos “ecocondríacos” sobre a subida do nível dos oceanos e não vemos a maré que nos vai submergir. A Europa afunda-se no multi-culturalismo e no relativismo, a contemporizar e a abdicar da sua defesa - e amanhã estaremos todos a rezar virados para Meca, e as nossas mulheres de burka. Os fanáticos islâmicos que se fazem explodir são, literal e onomatopaicamente, filhos do “baby-boom” que aniquilará a nossa civilização.
Solução para isto? A América. Os EUA é que salvarão o mundo da ameaça dos Mohammeds, com a sua cultura de responsabilidade individual, com os seus índices demográficos ainda acima do ponto de inversão, o seu espírito combativo. Um grupo de jovens islâmicos assalta automobilistas em Inglaterra, amolga-lhes os carros, obriga-os a entoar loas a Alá, e sai impune? “Tente fazer isto no Texas: o tipo abre logo o porta-luvas e prega-lhe um tiro no focinho.” Porque não faz parte daquela minoria de mariquinhas que troca uma legítima arma de legítima auto-defesa por abracinhos a quem o agride.
Racismo de extrema-direita? Steyn ri-se: não, o problema é sobretudo da Esquerda. “Por mim estou-me nas tintas. Sou social-conservador. Quando os mullahs vierem aí, deixo crescer a barba, arranjo mais duas ou três mulheres e vivo sossegado e feliz. Quem se vai lixar são os gays, as feministas e toda essa esquerdalhada.”
Pode arrepiar muita gente, mas vale a pena ler. Aliás, vale sempre a pena ler um gajo que diz: “Não tenho resposta para tudo, excepto quando sou entrevistado em directo na televisão.”

Instruções da pílula



Como estou farta até às orelhas daquela malta que diz que hoje em dia os métodos anticoncepcionais são infalíveis, aqui vai parte da bula de uma pílula, neste caso a Yasmin.
Bula esta que diz explicitamente que seguindo à risca as instruções de uso (tomar sempre à mesma hora, não tomar antibióticos, não beber chá de hipericão – sim, esse mesmo chá que é bom para as dores de estômago… - não vomitar, não ter diarreia, não…. sei lá quantas coisas), as probabilidades de gravidez são muito reduzidas.

Para mim, muito reduzidas não é o mesmo que nulas. E isso, claro, se não houver falha nenhuma nas tomas diárias, como podem ver pelo esquema ao lado…..

Diálogo juvenil

Fui tomar café. Na mesa ao lado estão uns teenagers.
Diálogo:
Jovem 1 - Mas na Foz estava nevoeiro de manhã.
Jovem 2- Isso é porque é litoral.
Jovem 3 – Esta parte da cidade já não é litoral?
Jovem 2 – Achas? Não vês que o Marquês tá na parte alta da cidade?
Jovem 1 – O litoral vai mais ou menos até à Boavista, no máximo.

E depois admiram-se que uma gaja tenha vontade de espancar putos…

quarta-feira, janeiro 03, 2007

O jornalismo tal como ele é

Parece que a Elsa Raposo já não anda com o gajo que andava.

Parece também que volta e meia gosta do seu vídeo porno caseirito

Agora o que não percebo é que um jornal supostamente sério perca tempo a descrever o vídeo, como se tivesse interesse saber o que ela faz na cama.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Ainda a malta do não...

"Trata-se de alteração da noção daquilo que é mau e daquilo que é bom. Quando ilegal, o aborto é visto como algo mau, a evitar, e as mulheres hesitarão em usá-lo. Se for legal, o aborto será visto como uma coisa normal e haverá menos problemas de consciência quando se recorre a ele. Numa sociedade católica como a nossa, a noção de "pecado" está muito presente na cabeça das pessoas, mesmo que elas se declarem agnósticas ou ateias. Se o estado legalizar o aborto, estará a atenuar essa noção de "pecado", estará a diminuir o sentimento de culpa e isso provocará uma subida no número de abortos."

Afinal, estes senhores não querem é que a gente peque.... mas não me lembro de lhes ter passado procuração para velarem pela minha alma.

Comentário de Fernando Alves no Womenage a Trois

Os meninos do não

da caixa de comentários do Blogue do Não

"Fico sempre pasmada com a agressividade com que os do "sim" tratam os do "não". Porquê tanta raiva? Será inveja de estes terem o que eles não têm: Fé!? Por que vos incomoda tanto termos paz de espírito ao lutarmos por aquilo em que acreditamos de todo o coração? De onde virá tanto ódio? Não teremos nós também direito de opinião diferente da vossa. Ou a liberdade só serve para um lado???? "

É claro que a liberdade não serve só para um lado. Por isso mesmo, acredito no direito à escolha.
Os do não é que querem restringir o meu direito a uma escolha consciente, sem pressão e sem medo de estar a cometer um crime. A desculpa de que "é crime mas as mulheres nunca são presas, logo não vale a pena alterar a lei", não tem pés nem cabeça. Aconselham então que se continue a desrespeitar o Código Penal?


Quanto à fé, nem merece comentário: que eu saiba, este estado é laico. Não sou obrigada a aceitar as convicções religiosas de ninguém.