sexta-feira, abril 20, 2007

Vamos ao cinema


A exploração de um link sobre o riso levou-me a reencontrar um belo monólogo final de um belo filme. As palavras simples são lindas.

And yet, now that I'm an old, old man, I must confess that of all the faces that appear to me out of the past, the one I see most clearly is that of the girl whom I've never ceased to dream these many long years. She was the only earthly love in my life, yet ... I never knew, nor ever learned, her name.

1 comentário:

Anónimo disse...

Poucos são os que reconhecem a beleza da simplicidade. E não falo só da das palavras, falo de tudo o que é claro e luminoso na vida; como o instante em que se olha para a pessoa amada e se é invadido pelo desejo. Avassalador. Simples. Talvez só os instantes sejam assim, e o amor, a paixão e o desejo se tornem obrigatoriamente complexos à la longue. Talvez só os minutos sejam simples e as horas arrastem sempre interrogações. Na idade adulta só se é feliz por sectores. E ainda bem. Assim percebemos a sublime oferenda dos fins de tarde mornos com cheiro a madressilva. Tudo é, então, claro, perfeito. Todas as peças da nosa vida e do universo se encaixam, de repente, num fim de tarde que suspende o tempo e torna imóveis todas as coisas.

Só uma alma quieta, convicta e honesta consegue usar palavras simples. Esteja tingida de negro ou imaculada. Conheço uma alma dessas, só uma: a sábia das palavras puras: Sophia de Mello Breyner. E ainda cá volto para demonstrar o que acabo de dizer. Agora tenho que ir fazer uma sessão de espiritismo.