Barbárie
Como é que o presidente de uma nação civilizada pode dizer que a morte deliberada e fria de um homem (seja ele um monstro), ainda por cima depois de uma palhaçada de processo judicial, contribuirá para o "avanço da democracia"?
Porque é que tenho a sensação de que a barbárie espreita uma vez mais sob o verniz estalado dessa mesma "civilização", e de que a "lei do Oeste" se impõe cada vez mais no mundo?
Que "democracia" quer esta gente "exportar" para o Iraque ou para onde quer que seja? Que modelos, que valores morais e culturais? Se é para os mais fortes e os vencedores continuarem a enforcar os mais fracos e os vencidos, então que deixassem lá estar o homem - ele já fazia isso muito bem. Escusavam de ter escaqueirado um país inteiro.
Ou será porque estou com uma insónia do caneco e tudo me chateia?
P.S. - Já agora, o tal presidente também é um representante dos inabaláveis defensores do "direito à vida" à outrance, em relação ao aborto - entre os quais (ele incluído) há muitos que são também defensores da pena de morte. Eu ainda não consegui resolver o dilema moral entre o "sim" no primeiro caso e o "não" à pena capital. Terão eles resolvido o dilema oposto?