Coitadinhos dos pobrezinhos
Não sei viram a reportagem da SIC acerca duma família da linha de Sintra, muito pobre.
É um casal jovem, ambos desempregados, com quatro filhos e um quinto a caminho.
Vivem numa casa sem electricidade e dependem dos vizinhos para obterem água, da Igreja para comida, etc.
Citando a minha mãe, o mais pobre é o que não tem juízo.
Como diabo é que este casal continua a fazer criancinhas de dois em dois anos se nem uma casa digna desse nome tem?
Agradecem tudo o que lhes dão e queriam que a Câmara lhes desse uma casa. Que alguém lhes pusesse água e luz naquela casa. Que.. que...
Desculpem lá se sou azeda, mas parece-me que os filhos lhes dão muito jeito para pedinchar. Um rancho de filhos é uma forma de chantagem porque olhamos para aqueles miúdos que não têm culpa de nada e sentimo-nos na obrigação de lhes proporcionar uma infância mais doce.
A mãe diz que não arranja trabalho porque está grávida - o que acredito, claro - mas lá vai dizendo que o que queria mesmo era ficar em casa a cuidar dos filhos.
Um casal em que ambos trabalhem e recebam o salário mínimo e tenham um ou dois filhos, não desperta compaixão. Que se arranjem. E se calhar têm tantas ou mais privações que aquele casal. (Se morarem numa casa decente, é garantido que um dos salários vai para a renda, por exemplo...)
Mas esta gente faz filho atrás de filho e fica à espera de ajudas para tudo. A Igreja enche-lhes o armário de comida e ainda glorifica os "corajosos" por terem tantos filhos.
Este texto nã está lá grande coisa (posso culpar a batelada de medicamentos para o dente???) mas serve para exprimir a minha raiva por estes casais que se enchem de filhos que não podem criar apenas porque sabem que têm mais sucesso a pedir se estiverem rodeados por um monte de putos inocentes.
7 comentários:
nem toda a gente é como tu, educa-os querida educa-os.......
Quem me dera estar tão certa das ideias dos outros como você está. Tem a certeza de que não está a transpor para esse casal uma estratégia que talvez nunca lhes tenha passado pela cabeça?
Embora perceba bem o que queres dizer, também sou tentada a pensar que a maior parte das pessoas é apanhada por estas lógicas com menos reflexão do que a que lhes dás. O efeito pode ser esse, mas suspeito que, geralmente, são apenas pessoas que se deixam colocar numa situação de total falta de controlo sobre a sua vida - o que também não é muito melhor - e depois vão andando como podem. A irresponsabilidade está decerto lá, o calculismo se calhar nem sempre.
Não pretendi dizer que fizeram filhos atrás de filhos com o intuito de ganhar à conta disso. Aliás, pelo que deu para ver, as crianças estão limpas e bem tratadas, o que não aconteceria se tivessem sido feitas apenas "para negócio".
O que me espanta é que, reconhecendo a sua incapacidade para sustentar tanta criança, não peçam ajuda ao médico de família em questões de planeamento familiar. Os centros de saúde dão pílula e preservativos, por exemplo. Claro que da Igreja que lhes dá comida não espero grandes conselhos nessa área… crescei e multiplicai-vos, mais vale crianças pobres e sem grandes perspectivas do que cometer o pecado da contracepção, certo?
Tenho na minha rua um caso de uma rapariga que aos 28 anos já tinha 6 filhos. Segundo ela, “tudo se cria” porque há sempre quem lhe dê roupa e comida. Não faz por mal, claro. Mas nunca se responsabiliza pelos filhos porque “são muitos e precisa de ajuda”. Diz a quem a quer ouvir que não toma a pílula porque “engorda” e não usa preservativo porque “tira o gosto”. Tem ajudas da Segurança Social, da igreja, dos vizinhos… e nunca teve um emprego que fosse.
Não fez os filhos para pedir, mas agora que os tem não se coíbe de os usar.
O que me enfurece mesmo é ver as crianças a serem criadas com as sobras dos outros, a nunca terem nada novo, a dormirem a monte em camas improvisadas. A irem para a escola sem bons agasalhos, sem livros novos, sem nada. A pedirem de prenda de Natal esferográficas, coisa que os nossos miúdos nunca sonhariam considerar "prenda", por exemplo...
mulher, essa parte nem está em causa (vivi num sítio no alentejo onde um yogurte era uma prenda, pra dar outro exemplo de coisas que nem nos ocorrem).
Olha, eu dei de prenda botijas de água quente, acreditas? Pode parecer pindérico, mas acredita que os destinatários ficaram bem felizes...
Ah! a má consciência da maioria dos católicos a favor do "Não".
O que isto me irrita.
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