Um dia na cidade
A rapariga da caixa do Jumbo passou mecanicamente as minhas compras pelo leitor óptico e finalmente só olhou para mim para me dizer quanto tinha que pagar. Não era feia nem bonita. Estendi-lhe o dinheiro e, a propósito já nem sei de quê, sorri-lhe.
Ela parou com o dinheiro na mão, olhou-me durante uns segundos, como que a digerir qualquer coisa, e depois disse-me: "Sabe? É o primeiro sorriso que vejo hoje."
Eram nove e meia da noite.
10 comentários:
She wants you, man!
Only a smile, broda. Only a fuckin' little smile.
E a diferença que faz num dia cruzarmo-nos, ou não, com pessoas que sejam apenas moderadamente simpáticas!
das duas 3!
ou ela acho-te piada!
ou então, era mesmo o primeiro sorriso...
das duas, 3!
Infelizmente para ela, acho que era mesmo o primeiro.
(Não é que eu não seja de achar piada, mas enfim...)
sorrisos em via de extinção!!!
(também, só podia ser la pros lados dos mouros...porque acho pelos lado do Norte, o sorriso ainda se usa, pelo menos aqui na aldeia)
True, não há sítio mais hostil para se viver neste país do que a Grande Lisboa - não confundir com o sul, que ele há mouros e mouros.
Os condutores de autocarro e empregados de mesa na invicta também são uns amores, ai são sim!
"É lá maizabaxo, carago!"
"Ora, penca é coube! Ora!"
"Ó Bitro, aqueles gaijos já pagaram?"
Mas na Póvoa de varzim apanhei um restaurantezinho mui simpático, ambiente familiar. Uma senhora com uma data de filhos deficientes adultos de um lado para o outro... o binho era bonzinho, grandes pielas.
Eu acho piada ao empregados de café que mal a gente diz "quero um café" nos olham com pena e berram lá para dentro "sai uma bica"...
E depois a gente lembra-se que quem vem conosco também quer, e dizemos "Afinal é mais um café."
E ele:
"Essa bica passa a duas !!!"
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