segunda-feira, setembro 11, 2006

A saga do Expresso


Descobri uma conspiração terrível: a dos quiosques contra os leitores não assíduos do Expresso. Nem mais.

Eu explico. Encomendei o Expresso no meu quiosque habitual na terça-feira passada. Até aí tudo bem. (Quer dizer… o Joca estava de férias e tive que negociar com o filho, um moçoilo que desde que teve uma lesão do joelho, que o tirou da equipa distrital onde jogava, nunca mais foi o mesmo. Além disso, estava habituado a usar os pés para chutar e não as mãos para, sei lá, tirar apontamentos. Adiante.)

No meio disto, uma amiga pediu-me para lhe comprar o jornal no Porto porque na sua santa terrinha já não havia. E foi aqui que começou o meu calvário. De quiosque em quiosque, um sonoro “já não há”. Se o Expresso é um semanário, como raio se esgota antes da hora do almoço???? E ainda tive de aturar o sarcasmo de uma menina com um “ah… a esta hora? O Expresso esgota sempre antes das 10.”

Ora bem…. Será que para ler o Expresso é obrigatório ser-se madrugador???? Ter ligações à máfia???
E não me venham com a treta de que só quis o Expresso porque vinha com um DVD porreiro de borla. So what????
Aliás, se os DVD são para fazer um mimo aos leitores habituais e captar novos, não percebo porque não aumentam a tiragem. Deve ser uma estratégia de marketing qualquer inovadora, com o fito de nos pôr em fila junto a um quiosque a partir das 6 da manhã.

Quando finalmente cheguei ao “meu” quiosque, tive a triste notícia de que afinal não me tinha guardado o raio do jornal. Tudo porque a D. Arlinda encomendou na sexta-feira, mas como era uma cliente que “de vez em quando compra o Expresso”, ficou com o meu, que só costumo comprar os jornais diários.

Isto é um clube ou quê?????
Passei-me, claro. Mas não trouxe o jornal, que estava dentro do saquinho porque a Sra. D. Arlinda ainda não o tinha ido buscar (às 14.20, olhem o descaramento!!!)

Hoje o Joca tinha regressado das férias. Contei-lhe o sucedido e tive como resposta um resignado “aquele gajo nem para escrever uma lista de nomes serve”. E mais: a tal Sra. D. Arlinda ainda não tinha ido buscar o jornal e acabei por ficar com ele.

Resumindo: consegui comprar o Expresso e ter o raio do filme “Lost in Translation”.
Essa é que é essa. Mai nada!


Ps – o Joca já garantiu que nas próximas semanas haverá sempre Expresso para mim.

4 comentários:

cumixoso disse...

Sabes Mazinha, como em tudo hoje em dia, a crise chega a todos. E os quisoques não estão para terem grandes quantidades de jornais que significa dinheiro empatado, e tempo perdido a fazerem as devoluções, por isso quase que preferem ter os jornais contados para os "habitues". Se calhar, lamentando o Sr. Joca, ele merecia que nao comprasses nem mais uma pastilha no quiosque dele...

cumixoso disse...

"Ou agora vão defender que um professor não se case, não tenha filhos, não compre casa até aos 45 anos????..." Sabes, tambem ninguem os obrigou a ir para Professor... Ok, ok, alguns tem vocação (seja lá o k isso for) mas se são assim tão maltratados pelos Ministros, pelos alunos, pelos Pais e andam durante alguns anos com a casa ás costas, não percebo! Sabes, é algo que sempre defenderei. O estado das coisas é culpa deles proprios. O problema dos professores concerteza não é de agora, mas se eles tivessem à anos só "permitido" que leccionasse quem é MESMO professor, agora concerteza estariam muito melhor... isto é um aparte á resposta ao comentario no Blogtinha

Anónimo disse...

Com certeza que se escreve "com certeza" e não "concerteza". E o verbo haver escreve-se com "H" há que séculos que há iscas e há bifanas.
Precisas de professor, cumixoso.
Cumenta, mas cumenta cumo debe cere.

Anónimo disse...

AHHHHH sua ordinária q bem me deste cabo do juízo quando o palerma do meu irmão conseguiu o jornal e o filme mas a parte boa da história só contas aqui... "Há-des" ter muitos amigos com esse feitio, "há-des, há-des!!!"