sábado, setembro 29, 2007

Aos arquitectos e/ou designers

Gosto muito de jardins. Especialmente daqueles velhos, em que árvores nasceram todas muito antes de mim.
Gosto de ir ler para o jardim. Ler no jardim do Palácio de Cristal é um privilégio, naqueles jardins em cascata, com o Douro ao alcance da vista…

O que me leva à questão dos bancos. Ou, como se diz agora, mobiliário urbano. É tragédia em cima de tragédia, estes arquitectos e/ou designers estão todos loucos. Um jardim deve ser um local calmo onde amigos se possam sentar e conversar. Onde os reformados jogam à sueca e se fazem muitas outras coisas como namorar, estudar…

A foto abaixo é da Praceta Maria da Fonte em Famalicão. (Quer dizer, para ser honesta, nunca li a placa para confirmar, mas sempre ouvi essa designação desde miúda.)
Dá impressão que chegou ali um gajo mal disposto e espalhou as cadeiras. Como raio é que se pode conversar aqui? Aos berros? Uma sueca é impossível e namorar ainda mais. Mas diz que é uma espécie de modernidade…




Temos aqui o jardim do Carregal, bem ao lado do Hospital de Santo António, no Porto. Apesar de pequeno, é lindo, as árvores são enormes e tem uma arca d’água. E tem também estes caixotes, que supostamente são bancos. Mas o que é que esta gente tem contra um banquinho básico, onde se possam apoiar as costas e não se fique com o rabo gelado no Inverno? Se eu fosse um dos muitos velhotes que moram ali na zona, tinha feito um abaixo-assinado.





Este aqui é um modelo velhinho, no Palácio, mas que cumpre a sua função. Se levarmos um casaquinho de malha, até dá para fazer de travesseira e ler deitada. Qual é a dificuldade em fazer bancos confortáveis? Tanto mestrado em ergonometria (ou ergonomia?) e os caixotes são o vosso melhor resultado?




ps - fotos tiradas com telelé, o cabo da digital continua missed in action.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Finanças

Amanhã de manhã vou às Finanças tentar que me devolvam um dinheirito jeitoso sem necessidade de caução.

É disto que gosto em mim: sou uma eterna sonhadora.

sábado, setembro 22, 2007

Póvoa de Varzim no seu melhor

Uma clínica com médicos e enfermeiros onde a malta não consiga sequer escrever tensão arterial ou colesterol não me inspira confiança. Insinuar que o açúcar no sangue é sinónimo de diabetes, também não ajuda. E nem sequer falo da riqueza com s...






Festa da Senhora das Dores.


segunda-feira, setembro 17, 2007

Why oh why???

A minha vizinha chique para a empregada:

"Lá porque eu vou estar ausente por causa da xirurgia, isso não quer dizer que possa abaixar os preços sem meu cãonhecimento".

sábado, setembro 15, 2007

as chatices do top

Vai uma gaja tomar café com o seu top novo todo catita e repara que tá um marmanjo na mesa ao lado a catrapiscá-la. Não era um gajo qualquer: era um de livro na mão. Quer dizer, não era em um livro era O Segredo, a maior paneleirice editorial do século. Como é que um marmanjo que não tem vergonha de ler aquilo em público tem a lata de me bater a pestana???

Vai a minha vizinha ali da loja de roupa cara elogiou o meu top. Parece que é, e passo a citar, "a aliança perfeita entre cores de Outono com a leveza e fluidez das roupas de Verão".

E eu a pensar que era apenas um top giro.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Salvação Mundial




Roubado com pré-aviso aos Três Pastelinhos.

ADENDA: se clicarem aí no X, a imagem abre.

quinta-feira, setembro 13, 2007

McCann - toda a informação

O jornal 24 Horas, informa logo na primeira página que o juíz que está a tratar do caso foi criado numa família católica e que gosta de cães dálmatas.
Sinto-me muito mais descansada.

terça-feira, setembro 11, 2007

Coisas que me chateiam

A realidade.

sábado, setembro 08, 2007

Santa Zita, patrona das "domésticas"

Zita nasceu em Monsagrati, Itália, em 1218. Em uma família de camponeses pobres, como sói acontecer quase sempre nesse ofício de santos; proêmio melhor se dá apenas apenas quando o futuro santo é um rico que se despoja espetacularmente de seus bens, como aconteceu uma vez ali perto, em Assis. ...

O Fatinelli, comerciante de lã e tecidos, era um sujeito grosseiro e tratava seus criados como menos que porcos. Todos os empregados da casa protestavam contra esse tratamento, menos uma. Isso. Ela mesma. A Zita.

Zita foi empregada ali por 48 anos, até sua morte em 27 de abril de 1278. Nas horas vagas, como toda postulante a santa que se ache digna desse nome, ia à missa todas as manhãs, visitava pobres, presos e doentes, e repartia com eles o pouco que tinha. Um bom santo demonstra pouco apego ao dinheiro, atributo no entanto pouco desejável em papas.

A versão oficial da Igreja diz que os outros empregados dos Fatinelli ofendiam, desprezavam e humilhavam Zita por invejarem sua "postura cândida e serena". É
Por tudo isso, quase sete séculos depois, Pio XII transformou Zita em santa padroeira das empregadas domésticas.

Zita não foi martirizada pela sua fé como Santo Estêvão. Não tem atrás de si uma grande obra evangelizadora como São Paulo. Não combateu hereges em cruzadas como São Luís. Santa Zita virou santa por seu sangue de barata, por ser apontada pelo Fatinelli como o modelo que aqueles insolentes deveriam seguir. Zita é a imagem ideal da empregada, aquela sombra muda mas eficiente, tanto melhor quanto mais próxima do comportamento de uma geladeira ou batedeira.

Santa Zita também é boa padroeira por causa do seu nome.

Há tantos nomes elegantes de santos, alterosos. São Tiago de Compostela, Santa Catarina de Sienna, Santa Teresa de Lisieux, uma infinidade de Nossas Senhoras de sobrenome imponente como Mont Serrat.

Prisioneiros de guerra têm como padroeiro São Leonardo de Noblac; professores, São João Batista de La Salle. Mas às empregadas fizeram a grande sacanagem de dar como padroeira Santa Zita, santa de não muitos milagres mas de nome inigualavelmente apropriado a uma doméstica. Zita, coitada, não tem sobrenome, não lhe fizeram sequer a gentileza do topônimo; e a santa padroeira, que poderia ser Santa Zita de Lucca, é só a Zita, assim como a sua empregada não tem sobrenome porque não lhe interessa.

É por isso que Santa Zita é a padroeira das empregadas. Porque é uma santa que sabe o seu lugar. E que, provavelmente, folga aos domingos.


Rafael Galvão, no seu blog.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Red Bull - a reportagem possível




Foi neste comboio que cheguei ao Porto. Ia sentadinha à janela. Há gajas com sorte :)




neste nem tentei entrar, pelas razões óbvias..


E foi nisto que passei o dia 1 de Setembro, no meio de aviões e completamente esquecida do aniversário deste tasco.

ps - As fotos dos aviões propriamente ditos serão postadas logo que o cabo da câmara apareça...

E os aviões ali tão perto

Andei pelo Porto neste fim de semana e, evidentemente, fui tentado a ir para junto do rio ver os aviões.
Enquanto andava por uma cidade soalheira e amável, sem trânsito nem pessoas, chegavam-me relatos assustadores de multidões suadas espremendo-se pelas vielas da Ribeira, comprimindo-se nos espaços livres das margens, penduradas em esplanadas e varandas.
Miseravelmente acobardado, inverti planos e rumo, aproando a Vila Chã e à praia. Numa esplanada, diante de um prato de amêijoas com sabor a mar e a ervas, ouvi o silêncio contemplando no areal uma simples meia-dúzia das poucas pessoas que não tinham ido aos circenses, e mastigando o meu panis ensopado em molho.
À noite vi na televisão dois aviões a passar e fiquei satisfeito. You see one, you see them all. Oh, quem cantará as maravilhas deste século?